Suburbanidades
Gordos, magros,
muito gordos, muito cheios,
muito altos, muito pequenos,
muito Tias ou mulher-a-dias,
muita madeixa, muito rapada ou muito nada,
muitos sacos, muitas compras,
muitos luxos, muitos lixos,
muitos livros, jornais e outros que tais...
Muito futebol, e o campeão, ou talvez não, e a agressão e não expulsão,
e a maria e mais a tia e a sobrinha da minha vizinha..
E a estação, e as estações,
muitos invernos, muitos verões,
e mais o frio,
e um lugar vazio, que ninguém quer,
porque está "quente" e tomara a gente ter um lugar,
para se sentar, naquele comboio à hora de ponta.
E o revisor e sôdoutor
E a menina meio traquina
E o dorminhoco e o que fala pouco
E a "galinha" logo de manhãzinha
E os jovens que vão passear
No mesmo comboio que vou trabalhar
Muitos outros o apanharão
Quando eu saír na minha estação
Olhos nos olhos
Mão na mão
Um beijo morno a saír no vagão
E uma desconhecida voz familiar
Que não pára de avisar
A estação que vem a seguir
Para saber onde saír
Está vazio.
Mais ninguém.
Até à última chegar,
Onde vou saír,
Vou aproveitar...
E dormir...!
A possibilidade de, num espaço contíguo, se conseguir juntar pessoas de todas as cores e amores, credos e religiões, nacionalidades e profissões, convicções políticas, extractos sociais, em que todos partilhamos algo em comum...
Esta é a verdadeira suburbanidade
muito gordos, muito cheios,
muito altos, muito pequenos,
muito Tias ou mulher-a-dias,
muita madeixa, muito rapada ou muito nada,
muitos sacos, muitas compras,
muitos luxos, muitos lixos,
muitos livros, jornais e outros que tais...
Muito futebol, e o campeão, ou talvez não, e a agressão e não expulsão,
e a maria e mais a tia e a sobrinha da minha vizinha..
E a estação, e as estações,
muitos invernos, muitos verões,
e mais o frio,
e um lugar vazio, que ninguém quer,
porque está "quente" e tomara a gente ter um lugar,
para se sentar, naquele comboio à hora de ponta.
E o revisor e sôdoutor
E a menina meio traquina
E o dorminhoco e o que fala pouco
E a "galinha" logo de manhãzinha
E os jovens que vão passear
No mesmo comboio que vou trabalhar
Muitos outros o apanharão
Quando eu saír na minha estação
Olhos nos olhos
Mão na mão
Um beijo morno a saír no vagão
E uma desconhecida voz familiar
Que não pára de avisar
A estação que vem a seguir
Para saber onde saír
Está vazio.
Mais ninguém.
Até à última chegar,
Onde vou saír,
Vou aproveitar...
E dormir...!
A possibilidade de, num espaço contíguo, se conseguir juntar pessoas de todas as cores e amores, credos e religiões, nacionalidades e profissões, convicções políticas, extractos sociais, em que todos partilhamos algo em comum...
Esta é a verdadeira suburbanidade